Acidentes com fogo sempre são preocupantes e assustadores. Sejam eles em locais abertos, como as florestas, ou em áreas residenciais e comerciais. Em nosso dia a dia, há diversos lugares com risco de incêndio, incluindo nossa própria casa. Tanto que é necessário realizar, com constância, avaliações na rede elétrica e instalações de gás, pois são pontos dos lares que tendem a ser mais propícios aos incidentes. Inclusive, são vários os fatores que contribuem para a sua evolução.
Para saber como identificar melhor os lugares com risco de incêndio, continue lendo este artigo. Nele, compartilharemos informações pontuais para que você consiga realizar esse reconhecimento.
Primeiramente, há diversas medidas de segurança que devem ser tomadas para prevenir acidentes com fogo. Edificações, sejam elas domésticas ou comerciais, devem seguir normas de proteção, como é o caso da ABNT10897:2020 (Sistemas de proteção contra incêndio por chuveiros automáticos — Requisitos). Além disso, cada estado do país conta com decretos que direcionam às instruções técnicas do Corpo de Bombeiros, que são os responsáveis por realizar as vistorias. Temos como exemplo o decreto nº 63.911 de 2018 do estado de São Paulo que direciona à IT23 e a IT24 do CBMESP.
Geralmente, esses documentos identificam os lugares com chance de acidente com fogo. Eles levam em consideração áreas de risco, ocupação e uso específico. Igualmente, estabelecem os valores característicos de carga de incêndio. Antes de falarmos sobre os locais, precisamos explicar alguns conceitos para facilitar o entendimento de todos os leitores. Confira!
Quando nos referimos a esse termo, estamos falando sobre a soma das energias de calor, possivelmente, liberadas pela total combustão dos materiais em uma área. São incluídos os revestimentos das paredes, divisórias, pisos e teto.
Também é chamada de carga de incêndio específica. Nada mais é que o valor da carga de incêndio, dividido pela área de piso do local a ser considerado. Esse resultado é medido em megajaule (MJ) por metro quadrado (m²).
É a maneira de calcular com base no conhecimento prévio da quantidade e qualidade de materiais que estão na edificação a ser estudada.
Esse se refere à forma de cálculo, levando em conta os resultados estatísticos do tipo de atividade que é exercida na edificação analisada.
Agora que você conheceu esses conceitos, fica mais fácil de entender como reconhecer os lugares com risco de incêndio. É importante mencionar que, para explicar como ocorre essa identificação, utilizamos as instruções técnicas do Corpo de Bombeiros dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás.
Primeiramente, para um melhor reconhecimento, as edificações são classificadas em grupos e conforme o risco. Acompanhe, a seguir.
É importante saber que quando a densidade de carga de incêndio não é distribuída de maneira uniforme sobre o piso da edificação, um responsável técnico poderá fazer a medição direta. Também, isso deverá ser feito nas áreas onde a densidade for maior que os números definidos pelos Bombeiros.
Bom, para saber quais locais são de risco, também, é indispensável usar a matemática. Em primeiro lugar, é preciso determinar a densidade da carga de incêndio de uma edificação. Para isso, são consideradas algumas constantes. Esses valores são estipulados em uma tabela que fica disponível como anexo nas instruções técnicas. Como elas são muito extensas, vamos expor as principais classificações.
As cargas de incêndios também são especificadas em tabelas, pois, como são diversos os tipos de edificações, é preciso considerar muitos materiais. Por exemplo, uma estrutura pode possuir gesso em sua construção e outra, não.
Porém, existem outras áreas a serem identificadas, também. Como as destinadas a explosivos, ocupações especiais e demais locais em que há materiais mistos, líquido combustível e materiais não classificados nos anexos das instruções. Nesses casos, utiliza-se a seguinte equação, disposta no anexo C da Instrução Técnica n.14, do Corpo de Bombeiros de São Paulo:
Onde:
Outras ocupações, não listadas pelos Bombeiros de cada estado, podem ser identificadas utilizando as densidades de carga de incêndio similares. Ainda, é importante compartilhar que a densidade do piso a ser analisado deverá ser feita sobre a média entre os dois módulos com valores maiores. Para esse cálculo, deverá se utilizar as seguintes considerações:
Para reconhecer melhor os locais, é indispensável consultar a Instrução Técnica do seu estado. Não se esqueça de sempre a considerar na elaboração de seus projetos, assim como na execução dos sistemas de prevenção a incêndios. Seguir todas as normas vigentes é muito importante para garantir a segurança em edificações e, claro, das pessoas que por elas circulam.
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