05/01/2018 Por Skop / 1 comentário Favorito

Sistemas de pré-ação: conhecendo mais para especificar melhor

Os sistemas de pré-ação possuem um trecho de tubulação seca e pressurizada após a válvula de bloqueio e normalmente são projetados para áreas sensíveis à água, onde é necessária uma proteção especial contra o lançamento indesejado de água sobre a área protegida, tais como: bibliotecas, CPDs e estúdios de TV ou Rádio, ou ainda em áreas sujeitas ao congelamento da água no interior da tubulação devido à baixa temperatura.

Imagine, por exemplo, que um funcionário da manutenção vai realizar a troca de uma lâmpada em um estúdio de televisão e para isto utiliza uma escada; imagine ainda, que sem querer, ele esbarre com a escada em um dos sprinklers e provoque o rompimento da ampola de vidro. Melhor nem pensar, né? Então… Se o sistema for de tubulação inundada (molhada), automaticamente será projetada água sobre o ambiente, porém se for um sistema de pré-ação, será gerado apenas um aviso sonoro de falha no sistema, neste caso, o de despressurização do trecho seco da tubulação. O sistema de pré-ação também é muito útil em casos de princípios de incêndio que possam ser controlados sem a necessidade de utilização da rede de sprinklers. Neste caso, a fumaça seria detectada e geraria um pré-alarme avisando os ocupantes e a brigada de incêndio, auxiliando assim no combate ao incêndio sem necessidade de molhar o ambiente. Estas são apenas algumas das vantagens dos sistemas de pré-ação.

Tipos de sistemas

Existem basicamente dois tipos de sistemas de pré-ação, o de intertravamento simples e o de intertravamento duplo. Em ambos os casos o conjunto básico do sistema será composto pela válvula de dilúvio e o conjunto de montagem (TRIM). Os dois tipos poderão ter formas de ativação variadas e para isto deverá ser selecionado o conjunto de montagem adequado, seguindo às especificações do projetista. Explicaremos melhor a seguir.

Intertravamento Simples

A válvula será aberta permitindo a entrada de água no trecho seco da tubulação a partir da ativação de um dos pontos de monitoramento, conforme listado abaixo:

  • Detecção de incêndio no ambiente, através de detectores de fumaça ou de temperatura interligados ao painel de controle e ativação (Em sistemas com atuação elétrica);

OU

  • Diminuição da pressão na tubulação de monitoramento provocada pela abertura de um sprinkler/detector do tipo bico piloto (Em sistema com atuação de linha piloto seca ou linha piloto molhada).

Após a abertura da válvula e a inundação do trecho seco da tubulação, o sistema estará pronto para lançar água sobre a área protegida tão logo um dos sprinklers seja aberto.

Vale lembrar que se ocorrer a abertura acidental de um dos sprinklers, a válvula permanecerá fechada e o painel de controle gerará um aviso sonoro de falha de pressurização do sistema.

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NOTA É possível tornar o monitoramento do sistema, de ativação simples, um pouco mais complexo, programando uma zona cruzada na central de detecção de incêndio; desta forma a válvula só abrirá se dois detectores elétricos (fumaça ou temperatura) forem ativados.

Intertravamento Duplo

A válvula será aberta permitindo a entrada de água no trecho seco da tubulação somente após a ativação de dois ponto distintos de monitoramento, conforme listado abaixo:

  • Detecção de fumaça ou elevação de temperatura, através de detectores interligados ao painel de controle e ativação;

E

  • Diminuição da pressão, no trecho seco da tubulação, provocada pelaabertura de um dos sprinklers do sistema.

Somente após a ativação destes dois pontos o painel de controle e ativação comandará a abertura da válvula, promovendo a inundação do trecho seco da tubulação. Desta forma o sistema estará habilitado para lançar água sobre a área protegida.

Novamente vale lembrar que se ocorrer a abertura acidental de um dos sprinklers, a válvula permanecerá fechada e o painel de controle gerará um aviso sonoro de falha de pressurização do sistema, garantido assim a integridade da área protegida.

Itens para a especificação básica do sistema

1. Qual o tipo de intertravamento do sistema? Simples ou Duplo?
2. Qual o diâmetro da válvula? 1½”, 2”, 2 ½”, 3”, 4”, 6” ou 8”?
3. Qual o tipo de conexão do sistema? Ranhurado (Grooved) ou Flange?
4. Qual o tipo de ativação?

• Quando for intertravamento simples: Ativação elétrica (Bol.749), Piloto molhado(Bol.749) ou Piloto seco(Bol.749)?
• Quando for intertravamento duplo: Ativação Elétrica/Elétrica(Bol. 750) ou Elétrica/Pneumática(Bol. 751)?

5. Supervisionado ou não? (Apenas para válvula com diâmetro de 1½”)
6. Solenoide para sistemas de 175 ou 300 psi? (Apenas para válvulas com diâmetro entre 2” e 8”)

Considerações complementares

Além da válvula e do conjunto de montagem (TRIM), o sistema ainda necessitará do outros componentes, tais como: painel de controle e ativação com seus respectivos periféricos (detectores, alarmes sonoros e acionador manual), sistema de pressurização da tubulação seca (ar comprimido ou nitrogênio), sprinklers/detectores do tipo bico piloto (para sistemas com ativação por piloto seco ou molhado), entre outros. Tudo conforme as especificações definidas pelo projetista do sistema.

Fluxograma sistemas pré ação

Clique aqui para baixar o Fluxograma básico para especificação de sistemas de pré-ação.

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Uma resposta para “Sistemas de pré-ação: conhecendo mais para especificar melhor”

  1. Luiz Cardozo Gonzalez disse:

    Pregunto você representante na área de usina de Açúcar e Etanol e Citrus região de Ribeirão Preto S.P
    Abrazô
    Att.
    Gonzalez

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