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24 de março de 2020 / Por / 2 Comentários

Sprinklers do tipo seco (“dry”)

Tema 4: Neste artigo abordaremos algumas considerações gerais sobre os sistemas de sprinklers. Este artigo é parte de uma coletânea de 27 Temas, organizados em perguntas e respostas, elaborados pela Skop em parceria com a Ipê Consultoria.

Sprinklers de cobertura estendida

As observações contidas neste documento são registros de atendimentos técnicos pontuais ocorridos ao longo dos últimos anos. Em boa parte dos temas, não esgotam suficientemente os assuntos, sendo necessário recorrer às Normas e demais literaturas disponíveis; contudo, esta compilação constitui um acervo considerável de situações do cotidiano do projetista e demais profissionais do ramo de proteção contra incêndio por sprinklers. Este foi material foi organizado com a intenção de compartilhar experiências e colaborar com os trabalhos técnicos desenvolvidos pelos leitores.

19)Quais as principais indicações para a especificação de um “sprinkler” do tipo seco (“dry”)?

– Para especificar corretamente este tipo de “sprinkler”, além das características técnicas básicas (fator K, tipo de resposta, posição, temperatura de acionamento, etc), é necessário também definir o comprimento do tubo do “sprinkler dry”, através do cruzamento das temperaturas dentro e fora da câmara fria, conforme tabela e informações apresentados na página 13 do boletim 153 (se for de resposta padrão) ou boletim 157 (se for de resposta rápida) – para este exemplo foram utilizados os boletins técnicos do fabricante Reliable (EUA);

– O diâmetro da rosca de conexão do dry com a tubulação é de 1″, ou seja, o instalador fará a conexão entre o dry e a tubulação, através de uma rosca de 1″;

– É fundamental que sejam observadas as instruções de instalação fornecidas pelo fabricante, para que o equipamento não seja danificado. A aplicação de torque em local indevido fatalmente trará problemas de funcionamento. O local de aplicação da chave de instalação normalmente é indicado pelo fabricante;

– Os boletins técnicos (referência Reliable) confirmam que este tipo de sprinkler pode ser utilizado em tubulações secas, inundadas e em sistemas de pré-ação;

– A NBR 10897 e a NFPA 13 indicam a necessidade de uso de rede seca ou bico “dry” quando a temperatura é inferior a 4°C, se a tubulação for instalada no interior da câmara fria. As normas não indicam nada a mais para o uso de uma rede seca onde a temperatura é superior a 4°C, exceto nos casos de ambientes que possuam equipamentos sensíveis, protegidos por sistemas de pré-ação;

INDICAÇÕES ADICIONAIS:

Palestra: A qualidade oculta do Sprinkler certificado

– Bicos ESFR só podem ser usados em redes molhadas, sendo assim não podem ser aplicados em sistemas de pré-ação;

– Sistema seco ou de pré-ação de bloqueio duplo precisam ser com bico spray. Se for CMDA (Densidade área), o mesmo deve ter área de operação ampliada em 30% e se for CMSA (Aplicação especial) tem que consultar na tabela de CMSA a previsão para uso em sistemas secos;

– A indicação para Sistemas Secos ou de Pré-ação é que sejam utilizados “sprinklers” do tipo “up-right”. Se forem instados “sprinklers” do tipo pendente, obrigatoriamente o instalador terá que utilizar curva de retorno fora da área de congelamento (ABNT NBR10897:2014-Req.6.2.5.4.3);

– Atentar para o volume máximo admitido para redes secas e de pré-ação. Além da área máxima por válvula de governo, também deve ser verificado o volume de ar que vai estar depois da válvula, no interior de toda a rede de tubulação;

– Sistema de pré-ação com ativação simples (“single interlock”) pode ter ramais com tubulação montada em “grid” apenas em ocupações de armazenamento variado (“miscellaneous storage”). O sistema de ativação simples com tubulação em “grid” é proibido em todos os demais tipos de armazenamento e em sistemas de pré-ação com ativação dupla (“double interlock”), conforme critério 7.3.2.6 da NFPA 13 e 6.2.5.5 da ABNT NBR10897:2014.

 

 

Conteúdo produzido em parceria com Ipê Fire Protection Consultoria
Site: http://www.ipeconsultoria.com.br
E-mail: projetos@ipeconsultoria.com.br

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2 Comentários

  • Roberto Fontenelle Damasceno disse:

    A partir de quantos bicos dry, em numa grande Câmara frigorífica, passa a ser recomendado um sistema de pré ação? Seriam mais de 20 (vinte)?

    • Braulio Viana disse:

      Olá Fontenelle !
      Na Live Skop #02 (1h10min30s), o João Carlos comentou que a FM possui um critério para este quesito. Possivelmente é o requisito 2.3.1.3 do data sheet 8-29 da FM Global (download em: https://www.fmglobal.com/research-and-resources/fm-global-data-sheets), porém não tenho conhecimento de critério semelhante na NFPA13 e na ABNT10897.
      Na live, a partir de 1h08min23s, foram ressaltados outros detalhes, ressaltando a importância de fazer corretamente a especificação e instalação do equipamento para se evitar a condensação e o consequente acúmulo de água sobre o teto dos armazéns frigoríficos. (Link da Live Skop #02: https://www.youtube.com/watch?v=1jELQB5OhlE).
      Aguardamos suas interações em outras postagens!

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