423Sistemas de pré-ação: conhecendo mais para especificar melhor

Por 5 de janeiro de 2018 Artigos, Destaques One Comment
5 de janeiro de 2018 / Por / One Comment

Sistemas de pré-ação: conhecendo mais para especificar melhor

Existem basicamente dois tipos de sistemas de pré-ação, o de intertravamento simples e o de intertravamento duplo. Em ambos os casos o conjunto básico do sistema será composto pela válvula de dilúvio e o conjunto de montagem (TRIM).

Sistemas de pré-ação: conhecendo mais para especificar melhor
Sistemas de pré-ação: conhecendo mais para especificar melhor

Os sistemas de pré-ação possuem um trecho de tubulação seca e pressurizada após a válvula de bloqueio e normalmente são projetados para áreas sensíveis à água, onde é necessária uma proteção especial contra o lançamento indesejado de água sobre a área protegida, tais como: bibliotecas, CPDs e estúdios de TV ou Rádio, ou ainda em áreas sujeitas ao congelamento da água no interior da tubulação devido à baixa temperatura.

Imagine, por exemplo, que um funcionário da manutenção vai realizar a troca de uma lâmpada em um estúdio de televisão e para isto utiliza uma escada; imagine ainda, que sem querer, ele esbarre com a escada em um dos sprinklers e provoque o rompimento da ampola de vidro. Melhor nem pensar, né? Então… Se o sistema for de tubulação inundada (molhada), automaticamente será projetada água sobre o ambiente, porém se for um sistema de pré-ação, será gerado apenas um aviso sonoro de falha no sistema, neste caso, o de despressurização do trecho seco da tubulação. O sistema de pré-ação também é muito útil em casos de princípios de incêndio que possam ser controlados sem a necessidade de utilização da rede de sprinklers. Neste caso, a fumaça seria detectada e geraria um pré-alarme avisando os ocupantes e a brigada de incêndio, auxiliando assim no combate ao incêndio sem necessidade de molhar o ambiente. Estas são apenas algumas das vantagens dos sistemas de pré-ação.

Tipos de sistemas

Existem basicamente dois tipos de sistemas de pré-ação, o de intertravamento simples e o de intertravamento duplo. Em ambos os casos o conjunto básico do sistema será composto pela válvula de dilúvio e o conjunto de montagem (TRIM). Os dois tipos poderão ter formas de ativação variadas e para isto deverá ser selecionado o conjunto de montagem adequado, seguindo às especificações do projetista. Explicaremos melhor a seguir.

Intertravamento Simples

A válvula será aberta permitindo a entrada de água no trecho seco da tubulação a partir da ativação de um dos pontos de monitoramento, conforme listado abaixo:

  • Detecção de incêndio no ambiente, através de detectores de fumaça ou de temperatura interligados ao painel de controle e ativação (Em sistemas com atuação elétrica);

OU

  • Diminuição da pressão na tubulação de monitoramento provocada pela abertura de um sprinkler/detector do tipo bico piloto (Em sistema com atuação de linha piloto seca ou linha piloto molhada).

Após a abertura da válvula e a inundação do trecho seco da tubulação, o sistema estará pronto para lançar água sobre a área protegida tão logo um dos sprinklers seja aberto.

Vale lembrar que se ocorrer a abertura acidental de um dos sprinklers, a válvula permanecerá fechada e o painel de controle gerará um aviso sonoro de falha de pressurização do sistema.

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NOTA É possível tornar o monitoramento do sistema, de ativação simples, um pouco mais complexo, programando uma zona cruzada na central de detecção de incêndio; desta forma a válvula só abrirá se dois detectores elétricos (fumaça ou temperatura) forem ativados.

Intertravamento Duplo

A válvula será aberta permitindo a entrada de água no trecho seco da tubulação somente após a ativação de dois ponto distintos de monitoramento, conforme listado abaixo:

  • Detecção de fumaça ou elevação de temperatura, através de detectores interligados ao painel de controle e ativação;

E

  • Diminuição da pressão, no trecho seco da tubulação, provocada pelaabertura de um dos sprinklers do sistema.

Somente após a ativação destes dois pontos o painel de controle e ativação comandará a abertura da válvula, promovendo a inundação do trecho seco da tubulação. Desta forma o sistema estará habilitado para lançar água sobre a área protegida.

Novamente vale lembrar que se ocorrer a abertura acidental de um dos sprinklers, a válvula permanecerá fechada e o painel de controle gerará um aviso sonoro de falha de pressurização do sistema, garantido assim a integridade da área protegida.

Itens para a especificação básica do sistema

1. Qual o tipo de intertravamento do sistema? Simples ou Duplo?
2. Qual o diâmetro da válvula? 1½”, 2”, 2 ½”, 3”, 4”, 6” ou 8”?
3. Qual o tipo de conexão do sistema? Ranhurado (Grooved) ou Flange?
4. Qual o tipo de ativação?

• Quando for intertravamento simples: Ativação elétrica (Bol.749), Piloto molhado(Bol.749) ou Piloto seco(Bol.749)?
• Quando for intertravamento duplo: Ativação Elétrica/Elétrica(Bol. 750) ou Elétrica/Pneumática(Bol. 751)?

5. Supervisionado ou não? (Apenas para válvula com diâmetro de 1½”)
6. Solenoide para sistemas de 175 ou 300 psi? (Apenas para válvulas com diâmetro entre 2” e 8”)

Considerações complementares

Além da válvula e do conjunto de montagem (TRIM), o sistema ainda necessitará do outros componentes, tais como: painel de controle e ativação com seus respectivos periféricos (detectores, alarmes sonoros e acionador manual), sistema de pressurização da tubulação seca (ar comprimido ou nitrogênio), sprinklers/detectores do tipo bico piloto (para sistemas com ativação por piloto seco ou molhado), entre outros. Tudo conforme as especificações definidas pelo projetista do sistema.

Fluxograma Pre-acao

Clique aqui para baixar o Fluxograma básico para especificação de sistemas de pré-ação.

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