Uma excelente alternativa para atuar no combate a incêndios, sem dúvidas, é o uso do sistema de chuveiros automáticos nas edificações. Ele previne que um acidente maior aconteça em patrimônios. Também, que consequências mais graves afetem as pessoas que circulam por esses locais. Porém, por se tratar de uma ocorrência séria, muita gente tem dúvida se o sprinkler pode falhar no momento de ação.
Os dispositivos, geralmente, são instalados no teto e liberam água quando a temperatura do local sobe. Para entender melhor o que é chuveiro automático, confira o nosso guia essencial. Mas, infelizmente, há situações em que o sprinkler pode falhar. É o que você descobrirá no decorrer deste artigo. Continue a leitura e saiba quais são as circunstâncias.
Como o sistema de sprinkler entra em ação
Antes de explicarmos as situações em que o sprinkler pode falhar, precisamos dizer como esse dispositivo entra em funcionamento. No mercado, há vários modelos de chuveiros automáticos, como você vê neste link. Cada um é indicado para uma situação específica.
Sua instalação deve ser projetada de acordo com a finalidade. Assim, poderão agir, extinguindo o fogo, quando o acidente for menor. Ou, então, diminuindo o volume das chamas, enquanto o Corpo de Bombeiros não chega no local do incêndio.
Todo chuveiro automático possui um elemento termossensível, que pode ser um bulbo ou uma liga fusível. Assim, quando o ambiente a ser protegido atinge certa temperatura, esse componente é ativado. Com isso, ele se expande dentro da sua cápsula de vidro e, assim, aciona a liberação da água para conter o incêndio.
Existem temperaturas já definidas nas normas vigentes, mas as adotadas como valores de referência comercial no mercado brasileiro são as seguintes: 68°C, 79°C, 93°C e 141°C. Dependendo da sua classificação, apenas um dispositivo pode proteger uma área de até 20,9 m².
Toda essa efetividade de funcionamento e a segurança que proporciona, fazem com que o uso do sprinkler seja defendido em todo o mundo. E essa proteção é comprovada por meio de pesquisas, como a de John R. Hall Júnior, em 2013. Em seu estudo, o autor comprovou que os chuveiros automáticos funcionaram com eficiência em 91% dos grandes incêndios nos EUA.
2 situações em que o sprinkler pode falhar
Apesar de ser um dispositivo para garantir a segurança de edificações e, claro, de pessoas, o sprinkler pode falhar em duas situações. Separamos em tópicos para podermos explicar melhor o porquê de isso acontecer. Veja!
Não cumprimento das normas vigentes
Os sprinklers devem ser instalados conforme as recomendações vigentes. No Brasil, cada estado deve seguir as recomendações do Corpo de Bombeiros. Mas, também, precisa cumprir com outros protocolos. De acordo com a Sprinkler Brasil, a mais antiga que se tem conhecimento no país é a NB 1135, de 1988. Com o nome de “Proteção contra incêndio por chuveiro automático”, foi publicada pela ABNT.
Depois, foi substituída, em 1990, pela norma técnica NBR 10897, “Sistema de proteção contra incêndio por chuveiros automáticos – Requisitos”. Essa sofreu alterações em 2007, 2014 e em 2020. Ela especifica as exigências mínimas para a elaboração do projeto e a instalação de sistema de proteção contra incêndios por sprinklers. É de grande importância segui-la, pois, em suas regras, há todas as características que garantem o sucesso do funcionamento do dispositivo.
Além disso, há diretrizes que são elaboradas para garantirem a qualidade do chuveiro automático, como é a ABNT NBR 16400:2018. Ela dispõe dos requisitos para a realização de testes laboratoriais dos sprinklers. Para entender mais sobre as normas de referência, acesse este link.
Uso de sprinklers não certificados
Conhecidos no mercado como tampões, os chuveiros automáticos que não possuem certificações são um perigo para as edificações. Com um preço bem baixo, o modelo desse dispositivo mais vendido no Brasil é o de 15 mm (1/2″), cromado, 68ºC, pendente, de resposta padrão.
Em nosso país, são dois os órgãos que fiscalizam e garantem que os sprinklers. A ABNT, com as normas que você verificou na seção anterior. E a ULbr, que inspeciona se os dispositivos estão de acordo com a portarias exigidas.
Também há instituições internacionais que certificam o funcionamento e fabricação dos chuveiros automáticos. Como é o caso da FM Global e a UL Listed. Estas são seguradoras americanas que abrangem todo o mundo e atestam os sprinklers que reduzem os riscos de incêndios.
Quando você deixa de comprar um chuveiro automático certificado e opta por um tampão, algumas situações podem ocorrer. São as listadas na sequência.
- Falhas: como são feitos fora das normas vigentes, a resposta quanto ao fogo pode não ocorrer no tempo certo. Além disso, muitos acabam operando sem a existência de um incêndio, provocando inundações no piso e, claro, estragos desnecessários. Essa ação, também, deixa o sistema sem operação e sem proteção até que tudo seja ajustado.
- Derretimento: alguns modelos de sprinklers não certificados utilizam uma liga metálica mais clara (formada por mais que 90% de zinco e menos de 4% cobre), conhecida como Zamac. Isso porque ela é mais barata, se comparada ao latão. Por ser de qualidade inferior, pode derreter no meio de um incêndio.
- Entupimento: os tampões, em sua maioria, usam O-Ring de borracha. Com o passar do tempo, esse material pode derreter e grudar no obturador do sprinkler. Isso faz com que o orifício de saída da água fique obstruído.
Esperamos ter ajudado você a entender a importância de seguir as normas de instalação e fabricação dos chuveiros automáticos. Basicamente, o sprinkler pode ter falhas nas situações explicadas neste artigo e que, como você viu, não vão de acordo com as diretrizes. Se você busca por um dispositivo certificado com os padrões brasileiros e internacionais, acesse o link e conheça os modelos que disponibilizamos. Todos seguem as recomendações.
Para continuar por dentro da segurança e prevenção de incêndios, acesse regularmente o nosso site.